segunda-feira, março 24, 2008

Esquisita como eu

Pedi para Iemanjá um presente para nos embalar. Paz, meu querido. Que nossos olhos se casassem em comunhão de bens e que as injúrias do destino fossem esquecidas e deixadas de lado. Acho que ela atendeu, pois desde aquele dia em dezembro nunca mais nos arranhamos.

Mas os meses desfilam diante de nós, galanteadores, e me fazem lembrar do quanto este ressabiado pulsante está prometido a você desde que ele o encontrou chorando nas arquibancadas vazias. Não sei explicar o teor da minha esquisitice e da minha loucura em insistir neste amor vagabundo. Só sei que sou assim: incoerente, dissonante e apaixonada.