Porta-retrato
Pelo porta-retrato, ela me olha longamente e me desaprova. Com sua melancolia instalada na sua calma de menina, que desde pequenina, adivinha o destino torto, os chororôs inconformados que a vida há de lhe enviar. Seus bracinhos gordos e brancos, recheados de força, continuam imóveis, sem me acalentar.
E diante de tal fragilidade, penso:
- Qual será o sorriso destinado a me trazer sonhos? Qual será o beijo que fará selar a paz do meu desassossego? Como serão as mãos que vão acarinhar meus cabelos, as mãos que vão me tocar à medida que meu corpo gritar de fome?
Eu espero as estações virarem uma a uma. Eu espero lentamente o tempo passar. E nada de chegar. Eu espero há tempos você. Onde será que está?
E diante de tal fragilidade, penso:
- Qual será o sorriso destinado a me trazer sonhos? Qual será o beijo que fará selar a paz do meu desassossego? Como serão as mãos que vão acarinhar meus cabelos, as mãos que vão me tocar à medida que meu corpo gritar de fome?
Eu espero as estações virarem uma a uma. Eu espero lentamente o tempo passar. E nada de chegar. Eu espero há tempos você. Onde será que está?
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