Coladas no peito

A mais nova mania nacional é colecionar o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. E que delícia é colecioná-las... ficar na expectativa de abrir os pacotinhos... a corrida louca para trocá-las com um colega na hora do recreio e conseguir completar todas aqueles folhas com espaços numerados esperando o colorido da benditinha.

Parada no pátio do colégio, eu e mim mesma e as famosas e inspiradas caraminholas ficamos pensando nas figurinhas que todo nós temos coladas no peito e não desgrudam, nem com anos a fio, nem com histórias mil por este mundão afora... Hoje, em especial, três pessoas muito, mas muito queridas e inesquecíveis, me escreveram e tive a certeza, em cada mensagem com sua particularidade, que elas são figurinhas coladas pra sempre no peito, não importa o tempo, nem as rugas, nem o lugar, nem nada de nada. O fato é que elas são permanentes no meu álbum. Verdadeiras cadeiras cativas da primeira fila.

Continuei matutando... e descobri mais figurinhas essenciais na minha vida caraminholada... que às vezes é engraçada, mas às vezes é pesada como uma mochila cheia de livros ou dolorosa como quando tomamos injeção... São pessoas que não só figuram no passar dos dias, mas tem coração quente e coragem nos olhos. São aquelas que dão sentido pra toda continuação. São figurinhas que eu não troco, nem descolo, nem rasgo. Além de coladas no peito, vivem comigo em sonhos. Sem esquecimentos, mas com saudades sempre.

Ouça a canção dedicada às minhas figurinhas prediletas!

• Milton queridão das Minas Gerais