Vela de Candeeiro
Eu sei que você me acha uma menina ainda, muitas vezes imatura, que ainda tem muita coisa desta vida doce, ora amarga, por qual eu não passei. Eu sei também que quando você conversa comigo a sua vontade é de dizer tudo que é para ser dito para que eu pule as fases desnecessárias com atitudes simples, porém sensatas, pois você quer me ver lá na frente, ganhando, com sorriso estampado de quem está batendo recordes. Pois você não quer que eu sofra, que eu chore e que eu desanime. Que isso é coisa dos mais normais e desavisados. E eu, oras, tenho olhos luminosos, coração bão e um monte de post-it me avisando das armadilhas falsas do caminho.
Sorry, meu anjo! Infelizmente, vou frustrar as suas expectativas em relação a mim. Sou tão comum quanto a maioria das meninas de 26 anos. Quando era criança imitava as paquitas da xuxa, queria ser a melhor da classe com a minha caneta de dez cores, adorava assistir Ana Raio e Zé Trovão e ouvir os discos de vinil do meu pai, principalmente “Deixa eu te amar” do Agepê , “All My Loving” dos Beatles e a trilha sonora antiga do Carga Pesada. Pois é... eu acho mesmo que às vezes eu tento enganar me parecendo luminosa. Mas não passo de uma velinha de candeeiro de procissão. Não tenho volts eternos que me deixem acesa e brilhante. Sou natural mesmo, acesa pela fé do momento e sinceridade dos sentimentos. Por isso muitas vezes você me encontra apagada.
Mas mesmo sendo uma mera carta de baralho comum, confesso que já desejei mais de uma vez que você tivesse nascido em 1980. E nossa! Esta parte eu não gosto nem de imaginar porque a minha vontade é encontrar uma “delorean” e fazer aquela viagem de volta para o futuro.
No entanto, voltando ao mundo real de tempo e temperatura, digo-lhe, meu anjo bom. Você é uma pessoa que estimo muito. Muito mesmo. E não vou dizer mais nada... porque você bem sabe o poder que essas ditinhas chamadas “palavras” possuem. E eu só quero que você seja feliz.
6 Comments:
Como diria meu amigo Safran Foer, assim como eu, nascido em 77, "Tudo se ilumina" ou ao pé da letra "Tudo é iluminado".
:)
reencontrei o bloguinho.
Mari,
não sei para quem escreves, mas olha, eu bem que já desejei esse DeLorean ardentemente, e não faz muito tempo. Tem coisas que a gente demora pra admitir até pra gente mesma... mas isso é assunto pra um bom chopp dia desses. :)
Bjos!
Ju
Mô!!!!!
Desculpe, escrevi "Mari" no comentário acima. Mas era pra vc mesmo... isso que dá escrever pra uma e falar no MSN com outra, ao mesmo tempo... hahaha!
Bjos,
Ju
hahahahahah, agora você tá usando o blog da Mônica pra me mandar recados?
Mô, olha pra lente da verdade e me diga: você, assim como eu, também imitava/sonhava que era a Ana Raio?
...
Beijo!!
Fê
Fê, a Ana Raio era minha ídola. Lá no Meni, todas as meninas da sala queriam ter o cabelo igualzinho o dela. A gente disputava o título de quem era mais "ana" a tapa. Hahahaha! Beijô e muitas saudades!
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