sábado, novembro 04, 2006

O purga

Eu sou uma noveleira confessa. Tudo bem que a medida que os anos passam não tenho tanta paciência em acompanhá-las capítulo por capítulo. Mas vou pescando alguma coisa aqui e ali, lendo um monte de coisas que saem nos jornais e sou uma pessoa "por dentro", digamos.

Ontem estava dando uma olhada na nova novela das seis, O profeta. A trilha sonora é ótima, aquelas baladas românticas dos anos 50 e fez-me lembrar de mim, aos 14, quando ficava no quarto da minha vizinha Letícia só curtindo "You are my destiny..." Mas a novela é de encher os olhos... os personagens são lindos, mas as histórias se repetem em demasia: a mocinha que se separa do mocinho e blá blá blá. Cobras e Lagartos é divertida, mas também enjoa. E nem vou citar aqui as personagens neuróticas do Manoel Carlos, a começar pela "Helena Regina Duarte" que está mais psicopata do que nunca com aquela antipatia toda vez que alguém quer saber da Nanda ou da Clara. Ô Vocação para roubar que ela tem e com aquele argumento que é "tudo por amor". As Helenas de Manoel Carlos são egoístas, isso sim.

Entretanto, o folhetim que está mexendo comigo ultimamente é mesmo um que envolve personagens de nomes Dante, Beatriz, Virgílil, Dona Zizé, Gildão, Gema... Mário Prata não foi muito feliz em Bang Bang. Foi um fiasco. Não sei se foi pelo elenco ou se foi pelo humor que não coube à televisão... Mas esta sua novelinha de jornal aos moldes de "Susana Flag" nos tempos rodrigueanos... está sublime! Você já imaginou um protagonista que vai fazer de tudo para conquistar o purgatório para encontrar sua amada morta? Um amigo gay que é apaixonado pelo Leonardo da Vinci? Uma mulher que não pára de crescer e que entrará para o Santo Daime para se curar? Leia "O Purga", de Mário Prato, todas às terças, quintas e sábados no Estadão!

Boa diversão!!!