Do fundo da xícara
As mulheres naquele café já não sabiam ler a borra no fundo da xícara. Se soubessem veriam o futuro nada promissor de sonhos antigos. Casamento, maternidade, a tal aclamada felicidade. Em tempos de cólera, em que a vida cospe na cara de quem não tem coragem para reiventar-se a cada dia, as mulheres sobrevivem de migalhas amorosas.
A chuva pasmada lá fora sorria pelas janelas de vidro. Das suas mazelas cotidianas e mal sucedidas, ironizavam e traçavam teorias como se fosse matemática. O fato é que já mostravam sinais de cansaço e ferrrugens pelo corpo. Haveria de nascer ali outras esperanças.
Juliette Binoche no filme Aproximação do diretor israelense Amos Gitai
6 Comments:
mto bom
adorei
http://chardiebatista.blogspot.com/
da uma passada por lah tb
abrax
Oi Mônica,
estou passando aqui para lhe dizer que seu blogue está entre os meus 15 escolhidos ao Prêmio Dardos.
Todas as especificações sobre o prêmio está na última postagem do meu blog:
http://entrelugares.blogspot.com
Passe lá para conferir.
Beijo,
Keila
E mesmo sem saber ler a borra, liam nos corpos enferrujados e cansados a alegriazinha das migalhas amorosas que as deixavam, naquele café lotado, mais bonitas e sorridentes.
(adorei ter promovido esse encontro de mulheres queridas!)
Bjo
Encanto-me sempre que passo por aqui...e são tantas essas migalhas e amor e as interpretações falsas do que seja amor...bela reflexão...bela escrita...
Mônica, adorei o que vc escreveu, meio triste, mas vc o tornou poético, sensível.... lindo. Como a Carol, tb fico feliz de ter promovido esse encontro e gostaria de muitos outros mais...adorei a forma como vc escreve!!!
bjos
Mônica, adorei o que vc escreveu, é meio triste, mas vc o tornou poético, sensível, lindo..... e como a Carol, fico feliz de ter feito parte disso. E quero ter muitos outros encontros como esse.
bjao!!
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