Às margens do Sr. Pinheiros
O cheiro fétido do rio me invadia, enquanto eu tentava me esconder do vento briguento que fazia questão de embaraçar minhas madeixas compridas e castanhas. O dia amanheceu cinza e cinza ele permaneceu. Típico dia em que os sorrisos são proibidos.
Quando o trem chegou na estação, eu subi e fiquei ao lado da janela, ao lado do rio, ao som de uma música clássica ambiente. São Paulo é mesmo uma dona louca. Imagine que estamos num trem importado (ele é espanhol), margeando o rio mais poluído do mundo (deve ser), rumo às bandas de Santo Amaro (o reduto nordestino da cidade), ao som de Vivaldi.
Pela janela avistei umas placas amarelas, na estradinha de terra ao lado do rio, de alertas aos pedestres:
- Cuidado! Animal Silvestre!
Dizeres que são acompanhados por um desenho de uma capivara amiga, gordinha e danada de bonitinha. Ora, ora... Há pedestres por ali? Não há ser humano que agüente o nosso amigo mal-cheiroso, o Sr. Pinheiros. Lembrei-me da cena do filme do Chihiro do espírito de Lama gigante que invadiu a casa de banhos. Ah, as mentes imaginativas...
Mas há, sim, pedestres que por ali passam e também capivaras, flores e pássaros. Pois é. Nem tudo está perdido. Às margens do rio, uma coleção de azaléias, primaveras e outras espécies. E, fiquei meio indignada me questionado: por que tive que nascer numa cidade com rios agonizantes?
O trem chega rápido ao destino pretendido. Estava prestes a provar um molho todo especial, cheio de especiarias e segredos que fariam bem à alma. E eu me despeço das minhas amigas silvestres e de Vivaldi, o clássico.
Quando o trem chegou na estação, eu subi e fiquei ao lado da janela, ao lado do rio, ao som de uma música clássica ambiente. São Paulo é mesmo uma dona louca. Imagine que estamos num trem importado (ele é espanhol), margeando o rio mais poluído do mundo (deve ser), rumo às bandas de Santo Amaro (o reduto nordestino da cidade), ao som de Vivaldi.
Pela janela avistei umas placas amarelas, na estradinha de terra ao lado do rio, de alertas aos pedestres:
- Cuidado! Animal Silvestre!
Dizeres que são acompanhados por um desenho de uma capivara amiga, gordinha e danada de bonitinha. Ora, ora... Há pedestres por ali? Não há ser humano que agüente o nosso amigo mal-cheiroso, o Sr. Pinheiros. Lembrei-me da cena do filme do Chihiro do espírito de Lama gigante que invadiu a casa de banhos. Ah, as mentes imaginativas...
Mas há, sim, pedestres que por ali passam e também capivaras, flores e pássaros. Pois é. Nem tudo está perdido. Às margens do rio, uma coleção de azaléias, primaveras e outras espécies. E, fiquei meio indignada me questionado: por que tive que nascer numa cidade com rios agonizantes?
O trem chega rápido ao destino pretendido. Estava prestes a provar um molho todo especial, cheio de especiarias e segredos que fariam bem à alma. E eu me despeço das minhas amigas silvestres e de Vivaldi, o clássico.
3 Comments:
São Paulo é bipolar como Porto Alegre...a cidade muda, conforme o recorte que fazemos com nossos curiosos olhos castanhos!
beijoca, com saudades
Moniquinha! Prazer te receber para provar meu molho! Acho que ficou... =)
Beijo Linda
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