Meu Copo de Mar
Beijos nervosos no vagão do metrô sob olhares constrangidos e misturados. Eu mesma morri de vontade. Fiquei bebendo de cada aperto que o menino de olhos miúdos dava na moça colorida. Nem aos meus dezenove me permitia tamanha liberdade e gostosura acelerada no meio da multidão. Talvez seja por essas e outras que ultrapassar a difusa fronteira dos nossos anseios seja tão meu e tão demorado. Jeitos de uma vida inteira, de uma meninice choradeira, de solturas reprimidas.
Mas aí vem você e todas as suas letras certeiras. Aquieta as minhas covardias e ainda me leva no colo pra casa com todos os cuidados que cabem. Reiventar a realidade e criar outras relações possíveis é o que eu mais quero agora.
1 Comments:
Coisa linda essas 'solturas reprimidas'! E não é que é assim mesmo...nada tão solto, nada tão reprimido assim...tudo lindamente, sôfregamente contaminado...
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