Elas
Mulheres na cozinha. Magia temperada com noz moscada. Embrulhos da memória com sabor de açucar. Mandinga com geleia fresca. Pimenta com lágrima da filha mais nova. Nostálgicas sob o exaustor da velha casa. As mulheres e suas saias injustas, que não escondem as mágoas, nem a falta que ele faz ali. O pai. A cor que ficou faltando naquele retrato de família. O nome que o loro não sabe gritar no quintal cheio de segredo dos tempos. E as receitas se misturam às risadas delas, das mulheres, que correm com as lembranças de barro compartilhadas no almoço de domingo e suas alegrias clandestinas digeridas com nhoque ao sugo.
PS - Em sua homenagem, amiga amada.
2 Comments:
Ai, o que dizer disso?
Lindo? Pouco
Profundo? Pouco
Exato? Pouco
Obrigada...do tamanho de todo amor e saudade que você percebeu por lá...
Beijo enorme
Coisa mais linda esse texto seu Mônica, repleto de sabores revestidos de sentimentos...
Beijinho
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