A Felicidade tem cor Canoa
Era uma alegria desvairada, sem nome, sem documento. Dessas que vem quieta, desassossegada de motivo. E ficou nela, fabricando um olhar apaziguador e gargalhadas à toa. Ela, bochechas denunciantes e unhas de canoa. Pensava nele sempre. Bastante. Ele, olhos falantes e abraço quente. Afinados eles estavam diante daquele casamento inevitável. As exclamações se faziam a cada encontro. Era como se fizesse coro com as batidas no peito e o bumbo da bateria do palco. Ele trazia o que era de mais feliz e simples dela. Prosa poética. Tatu no jardim em dia de sol. E ele se fazia um tanto contente ao lado daquela que lhe arrancava confidências, divagações, anseios e sonhos de infância. Justamente daquela que o desconcertava quando soltava os cabelos que insistiam presos. Os dois se acarinhavam sempre com aquele olhar de dizer tudo e tanta coisa. Segredo dado aos ventos, que fazia cócegas no ambiente e provocava a curiosidade das pessoas. Era um segredo que selava aquele união feliz de dois cúmplices que se queriam e se tinham muito mais que muitos outros.
3 Comments:
Eita
Tem endereço esse post?
Quero saber...
Beijos
Eita cor de canoa boa demais! Adoreeei!
Bjos querida!
Adorei tb Moniquetes! :)
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