Nome Próprio
O filme Nome Próprio, de Murilo Sales, com Leandra Leal no papel principal, é um filme provocador. Deparo-me com a notícia, hoje, pela manhã, que ele venceu o Festival de Gramado.
Quando fui assistir a esse filme, muitas pessoas que estavam na minha sessão saíram no começo ou durante a exibição. Fiquei pensando: "Será que as pessoas não gostam de se ver nuas"?, me questionava. Sim, porque muito mais que a nudez literal de Camila (personagem de Leandra) é a provocação de nos vermos nus na tela, despidos de valores, de vergonha, de orgulho, diante da nossa porção mais egocêntrica. É a nossa exposição mais nua, dos nossos sentimentos, compartilhados nos blogs no início dos anos 2000.
Em relação à polêmica de ser ou não ser a vida da escritora Clara Averbuck retratada na tela, digo. Fui ver um debate dentro do projeto Cartografias Literárias no Sesc Consolação, em que ela era uma das autoras presentes. A gaúcha deu piti danadamente, clamando por uma cerveja e cigarro dentro do recinto. Nem Carpinejar, seu querido conterrâneo, poeta simpático, conseguiu conter a chatice de Clara. A filhinha dela, que estava lá, usou do espaço do evento, como sua sala de brinquedos. Identifiquei várias Camilas dentro de Clara. Mas certo é uma coisa... Seus dois livros encalhados já estão na primeira vitrine das livrarias da capital paulistana. Se ela não se sente retratada com verdade no filme de Murilo, com certeza, a partir de Nome Próprio, ela será retratada no bolso.
Quando fui assistir a esse filme, muitas pessoas que estavam na minha sessão saíram no começo ou durante a exibição. Fiquei pensando: "Será que as pessoas não gostam de se ver nuas"?, me questionava. Sim, porque muito mais que a nudez literal de Camila (personagem de Leandra) é a provocação de nos vermos nus na tela, despidos de valores, de vergonha, de orgulho, diante da nossa porção mais egocêntrica. É a nossa exposição mais nua, dos nossos sentimentos, compartilhados nos blogs no início dos anos 2000.
Em relação à polêmica de ser ou não ser a vida da escritora Clara Averbuck retratada na tela, digo. Fui ver um debate dentro do projeto Cartografias Literárias no Sesc Consolação, em que ela era uma das autoras presentes. A gaúcha deu piti danadamente, clamando por uma cerveja e cigarro dentro do recinto. Nem Carpinejar, seu querido conterrâneo, poeta simpático, conseguiu conter a chatice de Clara. A filhinha dela, que estava lá, usou do espaço do evento, como sua sala de brinquedos. Identifiquei várias Camilas dentro de Clara. Mas certo é uma coisa... Seus dois livros encalhados já estão na primeira vitrine das livrarias da capital paulistana. Se ela não se sente retratada com verdade no filme de Murilo, com certeza, a partir de Nome Próprio, ela será retratada no bolso.
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