quarta-feira, agosto 30, 2006

Top 10

Têm professores que marcam a vida da gente, não?! Seja como o grande carrasco, ou aquele baita amigão, querido, engraçado. Ou até mesmo aqueles que mais admiramos e são importantes em algumas resoluções da nossa vida. Têm uns que marcam por expressões, esquisitices, características inusitadas ou simples nojeiras... (todo mundo já deve ter tido um professor que com a famosa babinha do canto da boca). Seja como for, temos sempre guardadas em nossa lembrança a lista dos top 10!

Segue a minha:

Tia Maria Lúcia – 3ª B – Colégio Meninópolis

Em "A Secretária"

Moniquinha ainda era uma menininha indefesa. Estava na melhor idade (8, apenas) e tinha acabado de migrar para um colégio de padres, só de meninos, que havia se tornado misto naquele fatídico ano de 89. Ou seja, 32 X 8. Sim... Tempos fartos: 4 meninos pra cada uma da sala. Pena que nem desconfiava da vantagem em que me encontrava.

Tia Maria Lúcia recebeu as meninas como verdadeiras fadas encantadas que tinham vindo para adocicar a vida daqueles meninos empestiados, que só brigavam no recreio e falavam palavrão. E já no primeiro dia de aula, elegeu a secretária da sala(aquela que iria ficar responsável por pegar a caixa de giz todos os dias na 3ªE), motivo de tanta honra, destaque e importância. Moniquinha que havia sido tão desprezada nos seus poucos anos naquele colégio de freiras maldito, ao lado, foi a felizarda predestinada. E graças a esta ação premonitória da bandosa tia Maria Lúcia, a auto-estima de Moniquinha melhorou muito e, finalmente, ela começou sua trajetória de uma menininha de atitude.

Ceci, de geografia – 6ª B – Colégio Meninópolis

Em "A Bicicleta"

Já com seus 11 anos, no auge das rodinhas sobre os campeonatos de futebol e se achando a Ana Raio de Zé Trovão com seus cabelos crescidos, Moniquinha já despontava para o mundo da comunicação.

Era um blábláblá danado com seus amigos do Meni. Nesta época, os professores eram engraçados... e alguns já bem velhinhos. Tinha uma professora, em especial, que era um museu vivo, a Ceci, de geografia. Devia ter seus setenta e tralalá... Andava curvada, tinha a fala enrolada e mal conseguia explicar os países, oceanos e relevos... Só sei que ela adorava contar a história da bicicleta Ceci, da Caloi, que levava seu nome por causa de um eterno apaixonado. Sim! Segundo esta minha professora, a tão famosa cecizinha (eu ganhei a minha quando completei 8 anos), nome de índia brasileira, da literatura, era porquê o “ban ban” da Caloi, o Peri da professora Ceci, fora tremendamente apaixonado e resolveu fazer-lhe uma bela homenagem. Original ele, não?! E ninguém poderia imaginar que aquela minha professora tão velhinha fora um dia a musa da Caloi.

Marcos, de matemática – 7ª marrom – Colégio Pouso Alegre

Em "A Identidade verdadeira"

Moniquinha já estava se tornando uma mocinha, aos seus 12, quando foi morar em Minas. Por não ter achado vaga no colégio mais tradicional de PA city, sua mãe a matriculou num Colégio bem diferente, que se identificava como “construtivista”, uma atitude bem inovadora na época. Não havia A, B,C para diferenciar as salas. Era tudo por cor: laranja, azul, amarelo... Casou uma estranheza enorme para aquela garotinha corinthiana que viera da cidade grande. Mas tinham coisas muito boas neste método: ao invés de provas, eram trabalhos e trabalhos. A criatividade dos alunos era bem aguçada, pois tudo era teatro, música, pesquisa... E foi na sétima marrom que Moniquinha conheceu o professor mais engraçado e carismático até então: Marcos, o matemático. Ele era o melhor dos melhores no mundo dos números.

Eu e mim mesma, como todos sabem, sou a 2ª filha. Antes de mim vem o Romeu, o Sr. melhor de todos, o super querido de todos os professores da Terra. Até então, na minha história escolar, não era simplesmente a moniquinha, era a irmã do Romeu. E por estar num colégio diferente, que nenhum dos meus irmãos estava, foi justamente este professor que descobriu a minha verdadeira identidade: simplesmente a Mônica (sem passado e sem futuro), ou melhor, a Calmon. Foi a partir daí, que larguei o “Braga Mendonça” de vez e adotei o Calmon como nome principal.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi Mô!
Seu blog tá muito bacana! :) Ainda estou te devendo um mail... vou te responder com calma, viu? E desde já, considere-se convocada à viagem para o Cariri! Oba, mais uma aventura à vista... :)
Bjos,
Ju

7:12 PM  
Anonymous Anônimo said...

Mô!!!
Num credito que a Ceci foi musa da Caloi e inspirou o nome da minha inesquecível bici de infância... Tô me sentindo no filme Magnólia. Tudo faz sentido agora! Ahaha!
Beijo!!

10:59 PM  
Blogger digones said...

sei q esse comentario pode ser em vao, mas aqui vai... nao esperava encontrar nenhuma informacao da Dona Ceci na web, tb tive aulas de geografia com ela e me diverti muito nessa epoca. Qdo esqueciamos de fazer licao de casa eu costumava escrever palavras sem nexo no famoso "caderno de atividades" e mostrar para ela, ela era ja tao ceguinha que nao conseguia ler o q estava escrito... lembro q o apelido dela tb era "macaca" e ela dirigia o "macacomóvel", um corcel I branco.
bjos
rodrigones@gmail.com

3:23 AM  

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