segunda-feira, agosto 14, 2006

De Pedra Azul, BH, Rio, São Paulo a Itanhaém...

Queria que por um instantezinho meu avô ainda tivesse vivo e que me confortasse com suas palavras de contador de histórias. Queria que a gente voltasse a comprar pão juntos, aquele pão quentinho que faz a manteiga derreter toda e faz cócegas na língua na hora de comer. Eu queria mesmo dizer pro meu avô que ele era uma pessoa especial, que fazia amigos com sua gargalhada silenciosa e que podia ver coisas que ninguém mais podia. Bem que eu escutei direitinho quando ele me disse que os oito anos era a melhor idade da vida.

Afinal, vô, você que é quem sabe todas as repostas... O porquê deste comportamento esquisito das pessoas? Por que elas param de gostar de repente e deletam você assim, sem mais nem menos? Vô, deletar é um verbo novo. Não estranhe... coisas de computador, sabe? Significa “acabar”, dar fim em alguma coisa... Você me entendeu, né?

Vô! Eu sinto falta do Sr. Porque eu sabia que era uma pessoa que gostava muito de mim. E estou precisando muito de pessoas que realmente gostem de mim. Costumava me chamar de “minha filhinha” e ultimamente de “minha neta jornalista”. Hahahaha... era tão bom, vô. Saudades!

Amanhã, você completaria 88 anos, hein?! Eita! Parabéns por ter pintado tantos sorrisos em mim, por ter dito tantas palavras de carinho, tantas preces... tantos acalantos. De Pedra Azul para Itanhaém...