Alguém que me ame de verdade!
Na última segunda, assisti ao filme "Alguém que me ame de verdade", lá no Cine Bombril, com a minha amiga Mari. O filme americano conta a história de duas moças de vinte e poucos anos que dão aula numa escola novaiorquina, tornam-se amigas e são de religiões bem diferentes: uma judia ortodoxa e a outra muçulmana. As duas compartilham a pressão dos pais para que elas se casem com os "escolhidos" da religião. Mas o curioso é que não se trata de duas revoltadas com a tradição de cada cultura. Elas aprovam e gostam. Porém, elas querem se apaixonar, como qualquer menina da face da terra. Sentir o amor começar no olhar trocado e depois incendiando com o palpitar daquele músculo dentro do peito até apagar a fome por alguns dias. Confesso, gostei muito da cumplicidade das duas amigas e da busca pelo estado "apaixonado" de ser. Afinal, tem delícia maior do que este estado de paixão?
Apaixonei-me poucas vezes nesta minha vida. De perder a fome foi apenas uma rara vez. Mas me lembro como se fosse hoje, há 15 anos, vários pães-de-queijo na mesa e eu só pensava no meu vizinho que adorava desfilar de sunga preta e lavar o carro do pai nos finais de semana. E naquele mesmo dia, este menino que causava este estado de regime em quase todas as gurias do bairro, foi me chamar em casa e não perdeu tempo. Foi logo dizendo a que veio e me surpreendeu com um beijão no portão. O primeiro de muitos que viriam.
Quando somos adolescentes, a gente se apaixona e pronto! Não criamos muito senões, como: "será que ele é da minha religião?" ou ainda... "o que será que ele vai ser quando crescer?" ou mais ainda "que time ele torce?". E na medida que a gente vai crescendo a razão vai se apoderando de um jeito do nosso peito que as restrições vão se firmando e formando um perfil que precisa ser minimamente respeitado pela emoção. É duro confessar isso, mas é assim que as coisas acontecem hoje. É um quase um contrato de afinidades, de condições e combinação de temperamentos.
Da outra vez que eu me apaixonei avassaladoramente, já tinha uns 20 e poucos, ele gostava das minhas coxas e eu gamei na barba dele. Torcíamos para o mesmo time. Ele tinha um emprego mor legal e eu tinha sonhos promissores. Gostávamos de fugir quando pintava um problemão. E gostávamos do tom melado do Frejat. Por um bom tempo fomos apaixonados um pelo outro, aí depois veio o amor... e aí depois ... ah, o depois... acabou-se o que era doce.
Quando somos adolescentes, a gente se apaixona e pronto! Não criamos muito senões, como: "será que ele é da minha religião?" ou ainda... "o que será que ele vai ser quando crescer?" ou mais ainda "que time ele torce?". E na medida que a gente vai crescendo a razão vai se apoderando de um jeito do nosso peito que as restrições vão se firmando e formando um perfil que precisa ser minimamente respeitado pela emoção. É duro confessar isso, mas é assim que as coisas acontecem hoje. É um quase um contrato de afinidades, de condições e combinação de temperamentos.
Da outra vez que eu me apaixonei avassaladoramente, já tinha uns 20 e poucos, ele gostava das minhas coxas e eu gamei na barba dele. Torcíamos para o mesmo time. Ele tinha um emprego mor legal e eu tinha sonhos promissores. Gostávamos de fugir quando pintava um problemão. E gostávamos do tom melado do Frejat. Por um bom tempo fomos apaixonados um pelo outro, aí depois veio o amor... e aí depois ... ah, o depois... acabou-se o que era doce.
Porém, agora, nos quase 30, quando um olhar me desperta um palpitar diferente, me vejo com perguntas do tipo: "será que ele é casado?", "será que ele ainda mora com mãe?" ou ainda... "será que ele consegue me fazer sorrir?"
Faz um tempo que parei de procurar a paixão analisando barba, cabelo e bigode. Quero que ela venha solteira, através de um sorriso na tarde de domingo, dentro de um aperto de mão carinhoso até desaguar num beijo arrebatado na chuva. Mas que ela venha com poesia e vontade. Que venha sincera, doce e inédita. E que, principalmente, me faça rir! Porque esta é a melhor parte de todas: sem melancolias e com muita graça.
4 Comments:
"...o terceiro me chegou como quem chega do nada
ele não me trouxe nada, também nada perguntou
mal sei como ele se chama, mas entendo o que ele quer
se deitou na minha cama e me chama de mulher
foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não
se instalou feito um posseiro dentro do meu coração..."
ahhhh...o amor!
saudade guria!
beijo
Tams
Puxa, Tams! Uma super saudade de você! Obrigada pelo comment. Este texto saiu meio confuso, não ficou como eu queria, mas enfim... Beijo grande, amiga querida.
Mô
Sugestao: quando a paixao vier de novo, descubra TUDO sobre a mae dele antes de deixar que a coisa tome conta. E' megasserio (deve ser assim que escreve, com o novo acordo, nao?!)
Montes de beijos.
Eu tava pensando nisso, da difilculdade de achar alguém interessante, porque os critérios aumentaram.
O cara tem que ser inteligente, bem vestido, comer educadamente e ter um desejo de ser bem sucedido profissionalmente em uma carreira preferencialmente ligada à cultura. Não precisa ser bonito, mas tem que ter charme.
E aí que estou procurando esse amor até agora!
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